O que é mal hálito?

Halitose é um termo derivado do latim, onde a palavra hálitos significa “ar expirado” e o sufixo osis, uma alteração patológica, sendo também conhecida como hálito fétido, mau hálito, fetor oris, etc. A halitose não é uma doença, e sim, um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio, devendo ser identificado e tratado.

É grande a incidência do mau hálito na população mundial, havendo estudos sugerindo que cerca de 30% da população tem problemas com o hálito. Existem cerca de 60 diferentes causas para a ocorrência desse problema.

Quando relacionado a alguma alteração ou condição patológica, o mau hálito pode ter origens diferentes, porém, estudos mostram que 96% das causas de mau hálito são de origem ou repercussão bucal, sendo os outros 4% divididos entre outras diferentes origens.

Normalmente existem mais de uma causa atuando concomitantemente para a ocorrência do mau hálito, o que faz do mau hálito uma alteração de etiologia multifatorial.

Muitas pessoas são portadoras de mau hálito e desconhecem esta condição. Isso ocorre devido ao fato de o mau hálito ser frequentemente um odor constante, provocando então uma adaptação das células sensoriais olfativas existentes na cavidade nasal a este tipo de odor. Este mecanismo de adaptação é chamado de fadiga olfatória

 De onde vem?

Existem cerca de 60 diferentes causas para a ocorrência do mau hálito, sendo algumas mais comuns e outras raras. Estudos mostram que 96% das causas do mau hálito são de origem ou repercussão bucal, sendo o restante originado das fossas nasais, da corrente circulatória (origem metabólica) e por doenças raras.

Dentre as causas do mau hálito de origem ou repercussão bucal, a que certamente pode ser classificada como a mais atuante é a saburra lingual, que se caracteriza pelo acúmulo de um material viscoso e esbranquiçado ou amarelado, aderido à superfície da língua, em maior proporção na sua região posterior.

Outros fatores importantes relacionados a cavidade bucal que dão origem ao mau hálito são as alterações relacionadas ao fluxo salivar (diminuição do fluxo que geralmente leva a sensação de boca seca e também o aumento da viscosidade da saliva), a ocorrência de doença periodontal (doenças da gengiva), grandes lesões de cárie, feridas cirúrgicas, problemas com prótese porosas e mau adaptadas, etc.

Outras causas importantes são o jejum prolongado, uso constante de certos alimentos e medicamentos, respiração bucal e algumas doenças sistêmicas.

Quais as consequências do mal hálito?

O mau hálito por si só já é um grande problema, mas quem tem mau hálito, na maioria das vezes, não imagina que isso o está sujeitando a problemas de saúde muito maiores que a própria halitose.

Já foi demonstrado que a saburra lingual é sede de microrganismos responsáveis por cárie, doença periodontal (doenças da gengiva), halitose, doenças pulmonares, gastrite por H. pylori, etc.

Estudos mostram uma ligação entre a doença periodontal e uma série de doenças sistêmicas, como por exemplo, doença cardíaca, acidente vascular cerebral, e no caso de diabéticos uma maior dificuldade no controle da doença. No caso de gestantes, existe uma ligação entre a doença periodontal e o nascimento de prematuros, abortos e natimortos.

Existem também os aspectos sociais da halitose, pois uma pessoa que vive em sociedade é obrigada a conviver em estreito contato com os demais, sendo que qualquer característica desagradável certamente irá prejudicar sua aceitação por parte das pessoas com quem convive.

O mau hálito faz com que a pessoa tenda a um isolamento social, pois interfere no relacionamento com as outras pessoas, podendo causar problemas de ordem conjugal ou familiar, dificuldades em se iniciar novos relacionamentos afetivos, dificuldades relacionadas à ascendência profissional, etc.

A Associação Brasileira para Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ABPO) realizou em 2006 uma pesquisa em âmbito nacional denominada “O Mau Hálito e a Qualidade de Vida”, entrevistando pessoas que procuraram atendimento tendo como queixa principal a halitose, sendo que muitas responderam mais de uma opção. Os resultados mostraram que 99% dos participantes acharam que quem tem halitose deve ser alertado. A maioria (88%) considera que a halitose tenha provocado mudanças em suas vidas, sendo 36% no âmbito social, 30% afetiva e/ou 31% profissional. Eles acreditam que a halitose os tenha tornado retraídos (23%), inseguros (26%), com baixa-autoestima (14%), antissociais (14%), deprimidos (5%) e/ou extremamente tristes (3%).

Como é o Tratamento?

Um grande desafio relacionado ao tratamento da halitose é a identificação das causas primárias que estão atuando para a sua ocorrência, pois como se sabe, a halitose, em grande parte dos casos, é um problema de etiologia multifatorial.

Para a obtenção de um diagnóstico preciso é importante investigar todas as causas que estejam atuando para a ocorrência do problema.

Uma detalhada anamnese (interrogatório clínico dirigido) dever ser feita, a qual sempre fornecerá muitas informações importantes relacionadas à origem e tempo de duração do problema, hábitos de higiene, hábitos alimentares, condutas, estado geral de saúde, nível de estresse do paciente, dentre outras.

Tendo em mãos todas as informações necessárias, é possível obter um diagnóstico para poder confeccionar um plano de tratamento para o paciente que às vezes acompanhado com o tratamento dental, terá que fazer um tratamento médico também.

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